quarta-feira, 17 de outubro de 2007

Respeite-se!








Temos que nos respeitar mais. Temos que conhecer nossos limites, sabermos do nosso ponto de resiliência.






Resiliência: É o máximo que você pode esticar uma mola. Ela vai até certo ponto, mas se você puxar demais ela arrebentará, quebrará, ou qq coisa do tipo.




Quem não conhece um típico trabalhador brasileiro que está sempre estressado, por qualquer que seja o motivo, o chefe um viado, os colegas de trabalho uns bostas, a mulher um pé no saco, os filhos uns pentelhos, o transito uma merda, o salário revoltante, o governo corrúpito e assim econtinua essa lista interminável. E esse típico trabahor não consegue relaxar porque não tem tempo para ele mesmo, sempre na correria do dia-a-dia, num estilo mais de sobrevivência do que de viver.

Há alguns anos atrás estava num trabalho que me foi muito desafiador. Aprendi muito nele, num curto espaço de tempo acumulei muitas responsabilidades pondo a prova minha capacidade como um profissional de comunicação. Como eu não queria desapontar ninguém no trabalho me dedicava 24hs por dia. Chegava cedo, saia tarde, trabalhava nos finais de semana, levava trabalho para casa, faltava muito na faculdade por causa do tempo.
Tempo esse que tb não me permitia sair com os amigos, fazer um exercício, relaxar um pouco, enfim viver de uma forma prazerosa.
Bom, depois de um tempo acabei saindo dessa empresa e fui viajar um pouco.
Depois de muito reflexão sobre o que é qualidade de vida para mim e o modo que eu esta vivendo, cheguei numa conclusão, que hoje adoto como uma lei.
Sou uma pessoa solicita e sempre pronto para ajudar qm quer q seja, mas acabei me dando conta que quando eu não estou bem, não consigo ajudar ninguém, acabo criando mais problemas do q solução. Então para que isso não aconteça, me coloquei em primeiro lugar, sem medo e vergonha de dizer que me valorizo e acima de td me respeito muito. Sabe, hj cada vez q no meio da maior correria do mundo eu saio do trabalho, na hora do almoço e vou correr, volto completamente renovado, com melhor humor e certamente mais produtivo que antes. Essa corrida na hora do almoço me dá um novo folego para td o meu dia!
Faço isso pensando em mim, na minha vida. E vivendo-a de forma mais leve e relaxada, me respeitando sempre!







sábado, 13 de outubro de 2007

Depois de 50 mil kilometros.

Como contar uma viagem de dois anos?
Bom, de repente eu poderia falar sobre os lugares que estive, dizendo o quão fascinado fiquei aos pés do Uluru, uma montanha sagrada de uma única rocha bem no meio da planície do deserto australiano, ou falando da frustração que é conhecer o Opera House, tão pequeno qdo comparado com os prédios e a ponte que está ao seu lado. Mas contando dessa forma não tem emoção... Ah, para emocionar então, posso relembrar a vida tão difícil que tive, fosse durante os trabalhos, lavando 1267 pratos, descascando 20 kilos de cebola, matando lagostas e picando 10 kilos de tomate dia, ou fosse durante as férias tendo que desatolar o carro de rios com crocodilos, praias com a maré subindo e terrível experiência de não ter água para beber em caminhada de 6 dias por montanhas num calor de 35 graus. Bom, se bem que pensando melhor, não foi tão difícil assim e também essa viagem ainda não é só isso.
Ah, mas é claro como não falar das Pessoas. Dos aborígenes, por exemplo. Um povo tão excluído socialmente, 100% subsidiado pelo governo, que a única motivação é beber. Ou ainda os indianos, que vivem em Durban, povo muito trabalhador e sofrido que era levado à África como escravos, mas hoje eles representam 10% da população e por ser um povo unido e determinado, estão hoje, numa posição social melhor do que a dos próprios africanos... Mas não se compreende pessoas se não conhecemos sua Cultura, como os tchecos e sua tradição por bebida. A República Tcheca é o país que mais consome cerveja per capita no mundo, só perdem para os, eternos inimigos, Alemães por causa da Oktoberfest, qdo enche o país de turistas. Além da cerveja tem um delicioso destilado de damasco, Slibobtyka, que mesmo com os seus 40 e poucos % alcólico, é introduzida na vida dos tchedos desde os 12 anos de idade, numa festa onde os meninos tem que derrubar uma árvore e as meninas tem que matar e preparar um porco... Mas é realmente imprescindível que eu fale da Natureza para se ter um panorama básico dessa viagem, como de Lesotho e seu relevo que varia de 1300 à 3200 metros a cima do mar, constituindo um País único e magnífico, extremamente frio, tendo, durante o inverno, noites abaixo de zero sempre e também extremamente difícil de se locomover, com estradas que desaparecem em meio de buracos.
Mas para tangenciar td isso que entregar algo concreto que foi construído, com as Pessoas, Cultura e Natureza que me acompanharam nesta viagem. Agradecendo especialmente Jiri Suchomel, Marek Súkovitý e Roger Benet, três grandes amigos que estiveram comigo em boa parte dessa jornada e me ajudaram a construir uma lista com os melhores filmes que já assistimos.
Aqui mostro a foto de parte desta lista.